Colunista Zuleica Tani
Muito se tem falado sobre a inclusão digital nas escolas, tanto públicas como privadas. O momento é de iniciativa e realização de projetos identificados por interação entre o lúdico com e sem o uso de tecnologia. A era digital é uma realidade que vem sendo apresentada e acolhida pela sociedade. Hoje é praticamente impossível estar em sala de aula e não ter pelo menos um aluno com celular disponibilizado pelos pais e responsáveis.
Vemos a era digital invadir nossas casas e nossos corações. Dar de presente um celular é sinônimo de status e de garantia de felicidade para o presenteado.
Difícil é conseguir atingir o limite entre o que é permitido e o que não deve ser permitido. A lei mudou e agora o uso de celular é permitido dentro da escola, não dentro da sala de aula, mas dentro da escola. Nesse aspecto podemos definir que o uso da tecnologia pode ser representado como o avanço da disponibilização de meios rápidos e ágeis para o aprendizado. Levando-se em consideração a interação da geração Z e a criatividade das gerações anteriores que detém a responsabilidade de ensinar.
Saber usar a tecnologia tem trazido resultados surpreendentes dentre os que não acreditam que possam ser atingido. Aqueles que se arriscam concordam e conquistam espaço diferenciado na sala de aula. Exemplo disso são as palavras de PERICO, Lucivânia:
Num processo introspectivo, o que me motiva a adotar tais práticas é o desejo de oferecer ao meu aluno um ensino efetivo, prazeroso, próximo da sua realidade. Sinto satisfação em interagir com os alunos em ambiente online e de perceber que eles interagem entre si, com atenção, respeito e motivação. Estou sempre pensando no aprendizado do meu aluno e, numa visão empática, tento elaborar as aulas me pondo no lugar dele, pensando: “se eu fosse aluna, como eu gostaria que esse assunto fosse abordado?” (IN: AZEVEDO, 2016, p. 103)
A professora consegue identificar a forma de motivar os seus alunos e com isso despertar o interesse para aquilo que deve ser aprendido. Outro exemplo que temos da forma de ensinar está nas telas do cinema. O desenho animado Big Hero mostra a forma como Tadashi tira o seu irmão Hiro das lutas ilegais de rua entre robôs. Mostrando como o uso da tecnologia pode ajudar a humanidade e ajudar o próprio Hiro a crescer. Novamente: a forma de agir entre as gerações trazem novas descobertas, novos interesses e novas perspectivas.
Seguindo este raciocínio temos o depoimento de MEDEIROS, Sueli:
Muito mais do que usar esses recursos tecnológicos, procuro na maioria das vezes discutir com os alunos o quê, para quê, a serviço de quem estão os recursos produzidos e socializados, pois não basta simplesmente saber usar e reproduzir aquilo que já está posto. Como cidadãos, devemos de fato analisar e refletir de que forma esses recursos nos tornam pessoas melhores e como a escola pode e deve ser esse caminho aberto para o diálogo e para a troca educativa” (IN: AZEVEDO, 2016, pg 125)
Permitir que os alunos se envolvam no processo de aprendizagem, introduzindo o que e como fazer; e principalmente o porquê transforma a sala de aula em um ambiente propício para o diálogo, o conhecimento e o aprendizado.
Referência Bibliográfica.
AZEVEDO, Adriana B. de; e PASSEGGI, Maria da C. Narrativas das experiências docentes com o uso de tecnologias na educação. São Bernardo do Campo, Metodista, 2016.